O Eterno Retorno é o 8º álbum da carreira do cantor e compositor baiano radicado em terras paulistanas desde meados dos anos 90.
Em cada canção, Péri conta e relembra histórias da sua vida na Bahia, suas influências literárias, musicais e geográficas, o começo da estrada que percorre pelo mundo até chegar na conexão com a cidade onde mora, São Paulo, perpetuando a ponte entre dois universos, tão distintos, mas para ele tão amorosamente próximos.
Mesmo com variações rítmicas e melódicas de lembranças praianas e também do sertão, o samba ainda é a matriz que o compositor usa como expressão máxima da sua identidade.
Dentre 10 músicas inéditas de sua autoria, “Corre saveiro”, inspirada em Mar Morto de Jorge Amado, “Um dia eu vou m’embora”, “Meu capote sumiu”, ambas em referência aos ditados populares baianos, e “Pequenas lembranças”, leitura de “Grandes Esperanças” de Charles Dickens.
Ainda, Péri regravou “Senhora dos Prazeres” composta em parceria com o compositor baiano Beto Pelegrino, canção do álbum “A Cama e a TV” de 1997, de onde também regravou “Eu vim da Bahia” de Gilberto Gil. Por fim, realizou um antigo desejo de gravar “Saudade da Bahia”, canção composta em 1947 pelo mestre Dorival Caymmi.
O novo álbum foi gravado, mixado e masterizado em março e abril de 2016 no estúdio Baticum em São Paulo por Bruno Pontalti.
Na produção de “O Eterno Retorno”, no ir e vir sem fim, o passado e o futuro também se encontram na sonoridade do instrumento que Péri usou para gravar: seu antigo violão, um Romeo 3 de 1984.
E Nietzche, sobre o eterno retorno, indagou: “quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?”